Ao pensar no trabalho de design, o senso comum nos remete à criações gráficas como, por exemplo, artes de folders, cartazes e redes sociais. Ou, ainda, às especificidades das marcas, como o logotipo, paleta de cores e símbolos. E, sim! O design tem a ver com tudo isso, mas vai muito mais além: de acordo com o Sebrae, o design é um processo de soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento de produtos, embalagens, comunicação visual, branding, arquitetura, ergonomia, entre outros; sempre com o objetivo de atender alguma necessidade ou gerar algum desejo no público-alvo.
Por isso, podemos dizer que a base do design é a tecnologia, uma vez que ela é um estudo sistemático de processos, habilidades e ferramentas que juntos participam da criação de novos produtos e serviços.
É a partir do design e da tecnologia que as empresas criam suas identidades que comunicam ao mercado os seus diferenciais e qualidades, e é também a partir deles que tudo no mundo sofre impactos e mudanças para melhorar a vida das pessoas. O pesquisador americano Donald A. Norman, que é especialista em usabilidade, escreveu o livro “O design do dia a dia”. Na obra, o autor mostra como a dificuldade dos usuários em manipular e entender certos produtos não acontece por conta da incapacidade de quem usa, mas sim por um conjunto de falhas no design que prejudica a experiência.
Tecnologia
O desenvolvimento da tecnologia existe desde os primórdios, e tem a ver com a melhoria constante de produtos e com a capacidade humana de sempre inovar. O design, por sua vez, traz conforto e funcionalidade para as criações desenvolvidas. É como uma parceria: os avanços tecnológicos permitem novas possibilidades inovadoras de design, assim como o próprio design também é capaz de projetar novas tecnologias. Este ciclo se auto alimenta, gerando novas práticas e formas de impactar a vida das pessoas em todas as esferas.
Um bom trabalho de design, geralmente, passa despercebido. Por exemplo: quando você segura o celular e começa a tocar na tela e a compreender a interface dele, muitos processos estão acontecendo ao mesmo tempo sem que você perceba: ele está se encaixando confortavelmente na sua mão, é fácil deslizar os dedos para digitar, você entende de forma rápida como encontrar os aplicativos e navegar pela internet. Toda essa experiência, que possivelmente dura apenas alguns segundos, só acontece com agilidade e conforto porque contou com designers em todo o seu desenvolvimento. Como disse Steve Jobs: “Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona”.
Por outro lado, se ao segurar o aparelho ele ficar desconfortável nas mãos, for difícil de mexer e complicado de encontrar o que você deseja na tela, é muito provável que você note rapidamente essa dificuldade. E tudo isso se aplica em praticamente todas as situações: no colchão que você se deita, carro que dirige, ambientes que frequenta, etc. Tudo que busca atender uma necessidade ou melhorar uma experiência, conta com o trabalho do design nos bastidores.
A preocupação deve ser sempre pensar se o impacto causado pelo design está sendo coerente e assertivo, contribuindo para o avanço tecnológico no sentido da inovação! Sua empresa já pensa nisso?